Casamentos Destruídos pelos Vícios. Como a Psicoterapia Pode Ajudar?
Quando o vício impacta diretamente um casamento, a psicoterapia pode ser uma ferramenta poderosa para acolher, compreender as causas subjacentes ao vício e ressignificar tanto a experiência individual de quem vive o vício quanto a dinâmica relacional do casal a lidar com as emoções.
O vício não afeta apenas quem consome, mas também quem convive — gerando dor, ressentimento, desgaste, sofrimento, quebra de confiança, isolamento emocional, codependência e, muitas vezes, violência psicológica, verbal ou física.
Como a psicoterapia pode ajudar nesses casos:
1. Compreender o sentido do vício na vida do indivíduo
A psicoterapia fenomenológica-existencial ajuda o paciente a compreender o que o vício representa na sua existência. Isso é fundamental para não olhar apenas para a substância ou comportamento, mas para as dores, vazios, angústias ou conflitos que o vício tenta anestesiar.
2. Reconstruir o diálogo e a escuta no casal
Muitas vezes, a relação fica marcada por acusações, silêncio e dor. A psicoterapia cria um espaço seguro para que ambos possam expressar seus sentimentos, mágoas, frustrações e desejos — sem julgamentos, com escuta ativa e empática.
3. Trabalhar a responsabilidade de cada um
É fundamental diferenciar o que cabe a cada um: quem está no vício precisa olhar para si, suas escolhas e possibilidades de transformação. A outra parte, por sua vez, precisa compreender até onde pode apoiar sem se anular, sem cair na codependência, preservando sua própria saúde emocional.
4. Fortalecer os recursos internos e externos
O processo terapêutico ajuda cada um a se fortalecer emocionalmente, a recuperar autoestima, autonomia, clareza e até reorganizar sua rede de apoio (família, amigos, grupos de suporte).
5. Avaliar possibilidades para o futuro do casal
A terapia também abre espaço para que o casal avalie se deseja e se é possível reconstruir a relação, ou se o caminho saudável é a separação, quando há limites ultrapassados e sofrimento extremo.
Instrumentos terapêuticos possíveis:
Psicoterapia individual (com quem tem o vício e/ou com o cônjuge).
Terapia de casal (se ambos estiverem dispostos).
Grupos terapêuticos (apoio emocional e partilha de
"O vício não é só uma fuga, é uma tentativa — muitas vezes desajeitada — de lidar com a dor de existir. E quando ele adoece o amor, a psicoterapia se torna um espaço para resgatar a escuta, o sentido e, quem sabe, a possibilidade de reconstrução.”
Busque ajuda o casal que estiver passando por isso.
Quartzo Clínica de Psicologia
Psicóloga Giovana Mugnol
