Montanha Russa de Sentimentos no Relacionamento Amoroso. Como a Terapia pode Ajudar ?
A expressão "montanha russa de sentimentos" no contexto de um relacionamento amoroso — quando há dias de carinho e conexão, ora tomado por discussões e afastamentos — a
A expressão "montanha russa de sentimentos" no contexto de um relacionamento amoroso — quando há dias de carinho e conexão, mas também momentos de conflito, insegurança e instabilidade — pode indicar que algo mais profundo está acontecendo. E é justamente aí que a terapia pode ser uma grande aliada.
Na perspectiva Fenomenológico-Existencial
Quando alguém vive um relacionamento como uma montanha russa emocional — ora envolvido por carinho e conexão, ora tomado por discussões e afastamentos — a abordagem fenomenológico-existencial não busca rotular ou diagnosticar, mas sim compreender a experiência vivida, a partir do mundo da própria pessoa.
O que a terapia fenomenológica pode ajudar nesse cenário?
1. Suspender julgamentos e acolher o vivido
A terapia convida o cliente a descrever, com profundidade e autenticidade, como é estar nesse relacionamento. Quais são os sentimentos? Que sentido ele atribui a essas oscilações? O que está sendo revelado sobre si mesmo através da relação?
2. Tomar consciência da liberdade e responsabilidade
Na abordagem existencial, não estamos presos a padrões fixos. O ser humano é visto como um projeto em construção, capaz de se reinventar. O sofrimento muitas vezes emerge quando a pessoa vive de forma inautêntica, desconectada do que realmente sente ou deseja. A terapia ajuda a perceber que há escolhas possíveis, mesmo quando tudo parece determinado.
3. Explorar os modos de ser-no-mundo
A montanha russa emocional pode revelar uma forma de ser-no-amor marcada por dependência, medo do abandono, idealizações, ou mesmo uma busca incessante por intensidade como forma de garantir a presença do outro. A terapia permite explorar de onde vêm esses modos de estar e como eles afetam a relação.
4. Habitar o instante presente com mais verdade
Ao invés de tentar controlar o relacionamento, a proposta é estar mais presente no que se vive, com abertura e verdade — reconhecendo as emoções que emergem, sem negar, fugir ou reagir automaticamente.
1. Compreender o padrão emocional
A terapia ajuda a identificar por que os altos e baixos acontecem. Será que há feridas emocionais antigas sendo reativadas? Expectativas não verbalizadas? Medo de abandono ou de intimidade? Quando você entende o porquê, fica mais fácil mudar o como.
2. Desenvolver inteligência emocional
Você aprende a lidar melhor com frustrações, com o que o outro diz ou faz, e a reagir de forma mais equilibrada — sem explosões, afastamentos ou cobranças excessivas.
3. Melhorar a comunicação
Um dos principais motivos de conflitos em relacionamentos é a má comunicação. A terapia ensina a expressar sentimentos e necessidades de forma mais clara e assertiva, sem agressividade ou passividade.
4. Identificar o que é saudável — e o que não é
Às vezes, essa montanha russa constante pode ser sinal de um padrão tóxico ou disfuncional. A terapia ajuda a diferenciar o que faz parte das oscilações naturais de um relacionamento e o que está gerando sofrimento desnecessário.
5. Fortalecer o autoconhecimento
Quanto mais você se conhece, mais percebe seus gatilhos, suas carências e suas formas de se relacionar. Isso permite sair do piloto automático emocional.
Se ambos estiverem dispostos, a terapia de casal também pode ser extremamente útil para resgatar o diálogo, reconstruir a confiança e alinhar expectativas.
A terapia não apaga a montanha-russa, mas ensina a pilotá-la com mais segurança — e, às vezes, até perceber que você não precisa viver em montanha-russa para chamar isso de amor.
